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Análise: Cyberpunk 2077: O Mundo Futurista da CD Projekt RED

Descubra os detalhes do tão esperado Cyberpunk 2077, jogo de ficção científica da CD Projekt RED

johnny silverhand

História e Jogabilidade de Cyberpunk 2077

Conheça o mundo futurista de Cyberpunk 2077, com detalhes da história e jogabilidade do jogo da CD Projekt RED.

Cyberpunk 2077 é ambientado em um mundo dominado por mega corporações, com a Arasaka focando na inteligência artificial para salvar as memórias das pessoas e transferi-las para a rede. O protagonista, V, se envolve em uma missão que acaba levando-o a ser traído e implantado com uma inteligência artificial, Johnny Silverhand. A história envolvente busca salvar V e se livrar de Johnny. As escolhas do jogador influenciam os desfechos, mas alguns finais podem ser decepcionantes.

No lançamento, a experiência no PS4 Pro foi terrível, com muitas atualizações e problemas de gráficos e desempenho. No PC, a situação foi melhor, mas ainda com alguns bugs. Após atualizações, o jogo ficou mais estável, mas ainda há questões a serem corrigidas.

A jogabilidade é boa, mas com algumas falhas, especialmente no controle do PS4. Os implantes cibernéticos e a evolução do personagem são pontos fortes, mas a exploração do mundo aberto e os menus deixaram a desejar.

Cyberpunk 2077
Arvore de habilidades do game: Aqui é usado um sistema de chips e implantes.
Cyberpunk 2077
Personalização de implantes do jogo.

Imersão e Detalhes do Mundo Futurista

Cyberpunk 2077 se destaca pela imersão em seu mundo futurista. Com detalhes minuciosos, como pôsteres, anúncios, programas de TV e músicas, o jogo cria uma atmosfera envolvente que te faz sentir em 2077.

A dublagem e os diálogos são bem interpretados, o que contribui para a qualidade da narrativa. As missões secundárias são tão envolventes quanto as principais, proporcionando múltiplas maneiras de jogar.

Funcionamento no Playstation

o lançamento, minha experiência no PS4 Pro foi terrível. Após 100 gigas de instalação, veio a primeira atualização day one de 19 gigas. Lá vai o corre atrás do que apagar para liberar espaço. Espaço liberado, vamos pelo menos ver o jogo. Aqui não, o jogo só inicia após atualizar. Só pude jogar no dia seguinte, e a culpa não é da minha Internet, os servidores estavam lentos. No dia seguinte, mais uma atualização de 17 gigas. Pelo menos essa dava para iniciar antes de completar. Primeira impressão quando o jogo entra é “que porcaria de gráficos são esses”. O jogo estava com uma resolução horrível, não sei nem se atingia 720p. Borrado com um filtro embaçado para disfarçar. Lento, sem nada nos cenários, tudo aparecendo na sua cara. Texturas aparecendo e sumindo, assim como NPCs e veículos. A draw distance do jogo é terrível, até travadas enquanto se andava.

Comparação gráfica do PS4 e PC Master Racer

Com as atualizações 1.04 e 1.06, o jogo melhorou consideravelmente e ficou mais estável. Não vou lembrar exatamente as melhorias de cada uma, mas senti que uma melhorou a velocidade e a outra os gráficos. Agora, pelo menos, parecia que o jogo tirava algum proveito do PS4 Pro, as travadas enquanto se andava sumiram, tornando-o jogável.

Completei apenas a campanha principal, levando 18 horas. Montei um personagem homem, nômade, e segui as trilhas de evoluções para luta, já pude ter uma ideia de múltiplos caminhos para as missões, vou me aprofundar quando falar do jogo em si.

Nesse jogo, vemos como o HD é o funil do desempenho do jogo, com loadings na média para jogos desse tipo, carregamento constante de texturas, lentidão nas trocas das rádios, travadas e lentidão nas chamadas de telefone, ligações no carro então nem pensar.

A navegação nos menus também não é muito confortável. No geral, o jogo é um porte do jogo no PC, e fica óbvio que um menu para mouse e teclado não vai funcionar bem no controle.

Funcionamento no PC Master Race

A jogabilidade é o clássico de um FPS, que já sabemos funcionar melhor no mouse e teclado. Na exploração, ele tem umas pitadas de Half-Life, com sequência de pulo, não tanto quanto eu gostaria, mas só de já terem explorado isso já merece menção. Nessa segunda jogatina, eu fui marginal hacker, me dediquei um pouco mais a explorar as lutas corpo a corpo e fazer as missões secundárias. Como o jogo ainda estava com muitos problemas, eu sempre optava pelas viagens rápidas em vez de dirigir por Night City. Fora que o tamanho da cidade é desnecessariamente grande, sempre me via em um zigzag de 2, 3 a 4 km de viagens, que não eram nada rápidas, então passei a sempre correr para os terminais de viagem rápida.

Bugs Para Quem os Quer

O jogo poderia se chamar Cyberbug ou Cyberjunk, ou até ter saído em acesso antecipado, o que seria super honesto. O triste é ver que tudo isso foi pela necessidade de lançar o jogo não terminado; ele não está mal acabado, ele simplesmente não foi terminado. NPCs entrando em modo T-pose, problemas horríveis com colisão (quando existem), o draw distance, já mencionado, é uma óbvia falta de polimento. Veículos sem IA, assim como NPCs que não têm programação para nada, a única coisa que fazem é correr, agachar, morrer ou entrar em T-pose. Se você atirar, eles agacham; se lançar uma granada, eles agacham; se passar com o carro perto, eles correm. Jogos da série LEGO e jogos de PS2 têm programações melhores do que as de Cyberpunk.

O que comentei acima acho até possível ignorar, relevar e continuar aproveitando o jogo, mas agora vou mencionar problemas que realmente quebraram o jogo para mim. Crashes incomodam tanto no PS4 quanto no PC; o jogo simplesmente fecha. Itens inalcançáveis nos cenários; por várias vezes, alguns itens não são possíveis de pegar, não importa o que faça. Para piorar, muitos inimigos caem das formas mais absurdas e flutuando, impossibilitando pegar itens que eles deixariam. Na missão da garagem do Delamain, todos os drones que matei ficaram “caídos” no ar e inalcançáveis. Na primeira vez que enfrentei o Adam Smasher, ele morreu no ar, e tive de subir numa plataforma e cair em cima dele para poder pegar os itens. O que é mais comum neste jogo são os macetes para tentar resolver algum bug. Um exemplo é quando quase desisti do jogo: numa missão do Takemura, antes de chegar na barraca que ele pede comida e conversamos, o jogo crashava. Depois de várias tentativas, resolvi ir na frente em vez de segui-lo, e deu certo. Algumas armas não aparecem na mão do personagem; têm a animação, mas elas não estão lá e não causam dano. Ligações telefônicas impedindo de apertar botões; o jogo simplesmente diz que você está em ligação, não permitindo acessar terminais ou computadores, nem mesmo os terminais de viagem rápida. Vale mencionar aqui as ligações que atropelam conversas, ficando as duas ao mesmo tempo, inclusive suas opções, e para piorar, atrapalham nas escolhas dos diálogos.

Não termina por aqui, tem muita coisa que fica até chato ficar garimpando e citando aqui. Saltar uma janela e ser arremessado a centenas de metros de distância (salve Alanzonka, eu também passei por esse bug!). Vou passar para o que o jogo tem de bom e por que você deve jogá-lo!

O Jogo!

Com Witcher 3, a CD PROJEKT RED provou que sabe como contar histórias em games, e o hype em cima de Cyberpunk foi criado justamente por Witcher 3 ter sido o que foi, cheio de prêmios e o GOTY merecido de 2015. O que sempre queremos é a evolução do que gostamos, e isso Cyberpunk 2077 entrega. Eu era mais um cético em relação ao jogo ser em primeira pessoa (sem opção para terceira, tirando dentro dos veículos!). No entanto, jogando o game, dá para ver como a escolha foi perfeita, representando uma evolução da narrativa do jogo anterior, com personagens carismáticos muito bem capturados e interpretados. Vale até uma comparação com o supremo nesse quesito, The Last of Us Part II. Em alguns momentos, Cyberpunk 2077 me impressionou até mais, principalmente porque o nosso personagem está sempre livre e os NPCs acompanham e olham para V (V é o nome do personagem principal).

Eu já tinha gostado em Witcher 3 da movimentação labial conforme o que o personagem fala no idioma escolhido; esse foi o primeiro jogo que notei esse cuidado. Em Cyberpunk, podemos ver a evolução dessa técnica, que dá ainda mais charme na apresentação dos personagens e mostra o cuidado que a CD PROJEKT RED tem. Nessa parte, podemos ver onde a empresa pode mostrar todo o seu esforço. Aparentemente, na hora de juntar tudo, foi que faltou tempo para polir. A história te prende, as missões são variadas, e algumas missões secundárias parecem principais ou são até melhores (como a missão do sequestro da boneca e o serial killer de menores).

Trecho do game

A Campanha de cyberpunk 2077

A campanha principal é realmente mais curta do que a de Witcher 3, mas isso se deve à escolha de colocar apenas as origens na campanha principal, enquanto as resoluções ficam nas missões secundárias, o que tornaria o jogo com tamanho similar se fossem todas incluídas na campanha principal. Existem missões consideradas terciárias e missões no mapa que têm menor importância, mas até essas têm seu interesse. Por exemplo, encontrei um monge que abomina implantes, mas foi pego em uma trolagem criminosa e o encheram de implantes. Ele pede ajuda para libertar o irmão que continua preso. Eu particularmente prefiro esse tipo de missão para fazer o jogo render do que atividades repetitivas em outros jogos.

No início do jogo, podemos escolher entre três estilos: nômade, marginal e corporativo. Essas escolhas mudam pouco no início do jogo e depois se tornam mais iguais, com algumas opções de diálogos e afinidade com gangues. Podemos construir nosso personagem da forma que mais nos agrada, escolhendo a cor para tudo, altura, sexo, detalhes cibernéticos e até mesmo o tamanho do pênis. No entanto, tirando o sexo, as outras opções são somente estéticas. Além disso, temos pontos que podemos distribuir, como uma ficha de RPG, entre os atributos: corpo (que melhora força, estamina, energia e carga total), inteligência (que melhora habilidades de hack), habilidade técnica (que melhora conhecimento de armas e equipamentos), reflexos (que melhora velocidade e movimento) e moral (que melhora habilidades furtivas e resistências).

Essa evolução dos pontos distribuídos muda como agiremos em cada missão ou conversa. É possível abrir portas com força ou hackear se tiver evoluído essa habilidade. Existem missões que permitem passar despercebido, e a cada hack ou execução furtiva se ganha mais experiência. Essa forma de progressão foi o que mais me impressionou no jogo, sendo sincero, acho que poderia ser melhor, e a falta de tempo também prejudicou nessa parte. No entanto, o que foi entregue aqui já supera muitos outros jogos, tornando o jogo interessante para jogar novamente e escolher outras formas de jogar. Minha primeira jogatina foi como nômade porradeiro, na segunda, street hacker. Agora, quero jogar novamente como corpe furtivo, e é você quem escolhe o que evoluir e quais implantes implantar para melhorar ainda mais.

Chegando na parte dos implantes, eles fazem uma boa diferença, proporcionando regeneração, proteção, armas escondidas, pulo duplo, super soco, entre outros que experimentei durante minha segunda jogatina. No entanto, achei que faltaram missões que incentivassem a visita a médicos e mecânicos, pois parece que faltou exploração dessa mecânica. A gente é salvo por Victor (um médico amigo de V) algumas vezes, mas nenhuma missão te incentiva a usar os serviços desses profissionais para superar desafios específicos. Isso deixa os implantes em segundo plano no jogo, tanto que na primeira vez que joguei, não utilizei muito deles e achei estranho.

Na verdade, senti que muitas coisas foram deixadas em segundo plano, dando uma sensação de liberdade a la The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas em Cyberpunk, pareceu esquisito. Essa liberdade pareceu mais falta de polimento para encaixar as coisas, como se o jogo tivesse sido desenvolvido por várias equipes separadas. Alguns desenvolveram a narrativa e as missões, outros o mundo aberto, outros as músicas, etc., e na hora de juntar tudo, faltou algo. O jogo pareceu ter várias partes isoladas, e isso é notável na aba do menu, que se assemelha ao menu de Witcher 3, onde você pode escolher a missão para ir. Infelizmente, não houve uma evolução nessa parte, e acredito que uma árvore de progressão de missões e a possibilidade de escolher várias ao mesmo tempo seriam muito mais interessantes. Outro ponto é que o jogo sempre termina uma missão e automaticamente seleciona a principal. Isso não é um demérito para o jogo, mas é mais do mesmo visto em muitos outros jogos, e acho que já passou da hora de melhorar essa abordagem.

A jogabilidade é boa, mas nada demais. Em vários momentos, senti um saudosismo por Half-Life, com trechos de plataforma, mas achei que poderiam ter explorado mais isso. Se tem a possibilidade de colocar um implante de pulo duplo para nada, assim como os bugs, vi muita gente reclamando da inteligência artificial, mas achei satisfatória. Já vi muito COD com inimigos tão burros quanto os de Cyberpunk. No geral, eles são bem burros, e a dificuldade está mais na quantidade e nível do que nas estratégias inimigas. No modo FPS, o jogo responde bem, e dá para sentir as evoluções do personagem. As armas inteligentes e os ciber-implantes também são notáveis na jogabilidade. No modo de luta corpo a corpo, é satisfatório, mas senti falta de impacto, não sabendo quando um golpe atinge o inimigo. Só é possível sentir o golpe inimigo pelo HP perdido. Por fim, nos veículos, é o único lugar possível escolher a visão em terceira pessoa, e para mim, é a melhor forma de dirigir, ao melhor estilo GTA. Com o controle do PS4, a jogabilidade está muito boa, e a CD PROJEKT RED fez um bom trabalho tanto no FPS quanto nos veículos. No teclado, a jogabilidade está mediana, já que o teclado é um problema para jogos de corrida.

As partes de hack são bem simples. Você mira no que pode ser hackeado e entra em uma tela sempre tentando encontrar as combinações, mas é repetitivo e sem grandes variações. A leitura de neurodances, a princípio, pareceu incrível, mas na prática, achei chato. Procurar pontos de interesse nessas gravações se torna cansativo, e parece mais um trabalho de investigação. Para quem gosta, pode ser um prato cheio, mas achei o vai e vem nessas gravações pouco produtivo e monótono demais.

Os Menus Do Game

Os menus foram claramente feitos para mouse e teclado, e a adaptação para o PS4 foi insatisfatória. Neles, temos o mapa, que é básico e de grande utilidade; o equipamento, onde gerenciamos os itens e equipamos o personagem; o personagem, onde distribuímos os pontos ganhos na campanha e evoluímos as habilidades de cada atributo em grids (algo que já é comum em muitos jogos, tornando-se repetitivo); e a criação, onde podemos criar itens (mas infelizmente faltou algum incentivo para usar essa função no jogo).

Som fantástico, Ambientação Imersiva

O som do jogo é fantástico, e mais uma vez o trabalho de dublagem está excelente. As vozes estão bem interpretadas e transmitem a emoção certa para cada cena, sendo uma evolução em relação a Witcher 3. Os diferentes sotaques dos personagens também foram bem trabalhados, desde os aldecaldo com sotaque do interior até o sotaque haitiano dos Voodoo Boys. Algumas gírias atuais parecem um pouco forçadas para o ano de 2077, mas, no geral, a dublagem merece mérito.

As músicas são outro ponto forte do jogo, com rádios variadas. A Vexelstorm foi uma das rádios mais acompanhadas, e há destaque para músicas como “REAKTION” de Rezodrone e “Chippin’ In” de SAMURAI. Além disso, a trilha sonora original do jogo, incluindo as músicas temas e as das missões, é de excelente qualidade. As músicas são tão boas que o jogador acaba procurando ouvi-las fora do jogo.

YouTube player

Conclusão Sobre Cyberpunk 2077:

Cyberpunk 2077 recebe uma nota 8, considerando seus problemas e bugs que afetaram a experiência. Apesar disso, o jogo ainda é uma experiência incrível e imersiva, com uma ambientação detalhada e uma narrativa envolvente. As promessas da CD PROJEKT RED e as atualizações futuras podem melhorar ainda mais o jogo, tornando-o potencialmente um forte concorrente para o prêmio de Jogo do Ano. Com promoções disponíveis e upgrades prometidos para a nova geração, é recomendado que os jogadores considerem experimentar Cyberpunk 2077, mesmo que aguardem por uma versão mais bem finalizada.

Jogado no PC e PS4 pro

Duração: 60 horas PC, 18 horas PS4

Campanha completa na dificuldade normal

Jogo adquirido por mim

Nota PC: 80 Nota PS 4 pro: 65

PC: rtx 3070, i7 10700, 16gb, nvme 2000 leitura

PS: Vale lembrar que não existe análise imparcial; costumes, gostos pessoais, humor e momento podem influenciar uma análise. Eu opto por mostrar o que o jogo tem de bom, comparo com similares e dou uma nota baseada em minha experiência, levando vários fatores em consideração, como duração, preço vs valor, dificuldade, imersão, riqueza, otimização, etc. Todo mundo é livre para gostar mais ou menos. Não deixe de jogar um jogo pela nota dada por alguém, e comente o que achou!

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Cyberpunk 2077: Cyberpunk te coloca num mundo governado pelas mega corporações, temos como foco a Arasaka que esta trabalhando na inteligência artificial a fim de salvar a memoria das pessoas e transferi-las para rede Leo Senin

8
von 10
2021-02-09T22:54:00-0300