Experimentarmos a demo de Silent Hill: The Short Message, compartilhamos nossas primeiras impressões sobre o jogo, destacando nossas opiniões pessoais sobre seus pontos fortes e fracos.
Silent Hill: The Short Message é um título aguardado por fãs que ansiavam pelo Silent Hill P.T, projeto concebido por Hideo Kojima anunciado na E3 de 2010 e posteriormente cancelado pela saída de Hideo do estudio. Lançado para PlayStation na quarta-feira (31), o jogo é oferecido gratuitamente aos jogadores, visando apresentar uma amostra do que a Konami planeja com o Remake de Silent Hill 2, mantendo a atmosfera assustadora característica da franquia.
A narrativa gira em torno de Anita, que desperta em um condomínio conhecido por ser um local de suicídios de jovens garotas. Despida de suas memórias, Anita explora o ambiente, gradualmente relembrando eventos passados de maneira aterradora. A ambientação é típica de Silent Hill, com a aparição de um monstro com a aparência de uma de suas amigas, aumentando o clima de agonia e terror.
Anita inicia sua busca por sua amiga Maya, enquanto tem flashbacks das conversas que tiveram. Ela mantém contato com sua amiga Amelie por mensagens de texto, revelando seus problemas psicológicos, como estar descontente com a vida, e suspeitas sobre o paradeiro de Maya. À medida que a história avança, descobre-se que Maya também enfrentava problemas como bullying e discriminação étnica na escola, além de lidar com outros tipos de problemas.
Maya se torna o antagonista do jogo, envolta em simbolismos e mensagens criptografadas, incitando Anita a desvendar mistérios para escapar do ciclo de horror que a envolve. A trama aborda temas sensíveis como depressão, suicídio e bullying, proporcionando uma experiência intensa e provocativa.
Silent Hill: The Short Message também faz referências a outros jogos da série, como Silent Hill 4, por meio de elementos como portas trancadas com correntes e símbolos misteriosos. Com uma trama densa e repleta de terror psicológico, o jogo não é recomendado para pessoas sensíveis a temas abordados.
Em resumo, Silent Hill: The Short Message oferece uma experiência imersiva e angustiante, repleta de simbolismos e mensagens profundas sobre a natureza humana e suas emoções mais sombrias.
No entanto, como em todo jogo, há pequenos detalhes que me incomodaram. Um deles é a discrepância entre os gráficos e as expressões da protagonista, que é renderizada em 3D, e as outras cenas, onde personagens reais são utilizados. Essa mistura não ficou coesa, especialmente devido às texturas pobres, como nas cenas em que Anita olha para sua mão, que parece desprovida de detalhes realistas. Além disso, o cabelo da personagem se sobrepõe ao rosto de forma desajeitada, o que poderia ter sido facilmente corrigido posicionando-o atrás da orelha ou preso. O jogo também é carente de interatividade; embora o cenário seja vasto e propício à exploração, as opções de interação e exploração são limitadas. Há poucos objetos com os quais você pode interagir, limitando sua capacidade de vasculhar o ambiente, utilizar seu celular ou explorar áreas que poderiam ser mais detalhadas. No entanto, considerando que o jogo é gratuito, essas falhas podem ser toleradas.
Apesar de suas imperfeições, Silent Hill: The Short Message oferece uma experiência envolvente e perturbadora para os fãs da franquia. A narrativa complexa e os temas profundos abordados proporcionam uma imersão única, embora os aspectos técnicos e a falta de interatividade possam deixar a desejar para alguns jogadores. No entanto, é lamentável que o jogo esteja disponível apenas para PlayStation, deixando os jogadores de Playstation 4, PC, Xbox e Nintendo Switch ansiosos por uma versão compatível com suas plataformas.
Você pode estar baixando a demo no seu Playstation 5 gratuitamente na Playstation Store ou caso você não tenha um Playstation 5 também é possível adquirir o jogo pelo aplicativo ou navegador, para caso você tenha um Playstation algum dia.