Se você é fã de JRPGs, focados em história, longas conversas (no estilo Xenosaga do PS2), batalhas dinâmicas e rápidas, com um visual de anime medieval, legendado em português, então este jogo pode ser um prato cheio!
Joguei o início e cheguei à parte da eleição. Achei tudo muito chato e arrastado, com horas e horas de diálogos. A história é interessante, girando em torno de uma traição envolvendo um rei e seu sucessor; o traidor quer o trono, mas o rei, astuto, usa uma magia para iniciar uma eleição que definirá o novo regente em quatro meses (creio que esse seja o prazo). Nesse mundo, as raças têm preconceitos umas contra as outras, o tema racismo esta sempre ativo, e os humanos são os vilões, representados como criaturas distorcidas, que não me agradaram esteticamente, assim como os “personas” arquetípicos dos personagens. No geral, o visual é um tanto esquisito (pra não dizer feio), com texturas de gerações passadas, modelos de personagens razoáveis, animações de estilo anime muito boas e uma trilha sonora espetacular, uma pena ser uma tão discrepante da outra, em jogos como nino kuni ou kingdon hearts tem transições das animações para 3D que são perfeitas, aqui não acontece o mesmo. O sistema de batalha é dinâmico e rápido, o que é interessante no início, mas parece faltar algo para o jogo avançar. As batalhas rápidas trazem uma dúvida sobre sua real necessidade, especialmente porque é possível atacar inimigos distraídos ou enfraquecê-los antes do confronto principal e até eliminar os mais fracos antes de entrar em batalha.
A progressão segue o padrão de RPGs, com XP. Outro ponto que me incomodou são os arquétipos, poderes ocultos que podem surgir a qualquer momento no estilo Bleach. Detesto esses poderes que te tornam superpoderoso de repente, mas logo depois você volta ao nível normal e precisa continuar evoluindo.
A exploração é fraca e pouco recompensadora: cenários pobres com paredes invisíveis, itens simples e inimigos igualmente sem graça. Se pegarmos os inimigos de surpresa, as batalhas são ridiculamente fáceis; se formos surpreendidos, podemos acabar em uma batalha que leva a um game over, sem qualquer punição ao retornar.
O objetivo atual é conseguir popularidade para se tornar rei, o que se faz ajudando a população. Também é preciso aumentar a popularidade com os membros da equipe para desbloquear habilidades e arquétipos, em grids que são preenchidos com Magla, magia ganha com experiência ao derrotar inimigos, e ao aumentar a popularidade, é necessário ir para um “lugar dos sonhos” Akademia para evoluir esses arquétipos, o que me pareceu um pouco cansativo – como quase tudo no jogo, que é arrastado e moroso. Ainda não desisti, quase no boss pássaro, que perdi cinco vezes por estar com o arquétipo errado, mas ajustei e passei. Vou avançar mais um pouco e, se eu terminar, atualizo esta análise. Como não estou achando o jogo muito promissor, preferi escrever uma análise preliminar.