como um Remake deve ser feito, pelo menos uma parte!
Vou começar essa análise parecida com a do Resident 3, eu joguei o original no ps1 na época, ele foi um dos jogos responsáveis por eu ter comprado um ps1, junto com Resident 2, e desde então Final Fantasy 7 junto de Ocarina of Time se tornaram os 2 melhores jogos pra mim, então imaginem agora o peso e a carga emocional desse remake, é mais de 8000, é já chego com os dois pés no peito, O REMAKE É FOD@!
Historia
O que é um RPG se não história, e a Square sempre foi conhecida por seus fantásticos enredos, sempre inovando em seus JRPGs, a Square soft (antes de se tornar Squareenix) foi responsável por difundir os RPGs japoneses pelo mundo, e Final Fantasy 7 com certeza foi o ponta pé inicial pra essa conquista, por isso que ele é um dos mais influentes, conhecido e querido por todos o fãs, é o que mais recebeu versões, spinoffs, animações e filmes, e desde a techdemo do ps3 em 2005 que sonhávamos com esse remake, que só foi confirmado mas histórica E3 de 2015, pra chegar agora dia 10/04/2020, e é exatamente nesse ponto que esse remake mais se destaca, Tetsuya Nomura diretor do projeto já avia prometido que seguiria a risca e respeitaria os eventos do original, e isso foi feito, agora todos os diálogos são falados, e não só falados mas interpretados em ótimas animações, o que engrandece a forma como a história é contada, só que ao mesmo tempo isso ser um ponto positivo é também um negativo, lembrar de Metal Gear Solid com seus cortes e excessos de animações, que só Kojima sabe fazer, esse remake lembra um pouco a série da Konami, muitas e longas interrupções, algumas dessas interrupções podiam ter sido evitadas colocando os personagens conversando enquanto andam (tem partes assim).
Essa primeira parte conta todos os eventos dentro da cidade de Midgar, com a corporação Shinra como vilã da história, dona dos reatores mako (e praticamente da cidade inteiram Umbrela feelings), que extraem lifestream energia vital de Gaia (terra desse Final Fantasy) e transformam em energia elétrica, o grupo ecoterrorista avalanche, liderado por Barret, que contrata Cloud ex-soldier que agora trabalha como mercenário, grupo que quer destruir esses reatores para impedir a destruição do planeta, algumas coisas sobre Sephiroth foram adiantadas pra mostrar que ele será o vilão das próximas partes dessa série, aproveitando também as cenas personagem como Biggs, Wedge e Jessie se tornaram muito mais carismáticos e importantes, assim como todos os representantes da Shinra, destaque para o cientista Hojo responsável pelos experimentos da empresa e de trabalhar na pesquisa dos anciants/cetras e Jenova , extremamente bem interpretado.
Gráfico
A Square sempre se destacou em seus gráficos, e não é com Final fantasy 7 remake que ela faria diferente, facilmente um dos melhores gráficos da geração, dificil descobrir quais cenas são animações em CGs e quais em tempo real, com principal destaque para os personagem principais, mundos muito bem recriados, e inimigos refeitos de forma incrível, o tempo todo lembrando o jogo original. Só que agora com proporções colossais, tudo esta maior e mais detalhado, animações de ataques, magias, evocações, tudo um colírio para os olhos, mas temos problemas aqui também, típico da maioria dos jogos personagens secundários não tem o mesmo capricho, sendo bem destoante de todo o resto, assim como algumas texturas bem precárias, exemplo são dentro do Seven Heaven bar da Tifa, texturas de coisa escritas na parede são horríveis (lembrando duas gerações pra trás), a imagem que ilustra o alto mostrando a parte de cima de Midgar é pobre também e em baixa resolução, assim como outra imagem estática em baixa resolução que mostra a cidade de fundo, na subida para o prédio da Shinra, na parte do prédio ele esta ao fundo e é em 3D o que prova que não foi falta de poder pra fazer, essas discrepâncias mostram as mudanças de engine que o projeto sofreu, e adaptações ou escolhas pra entregar no prazo.
Jogabilidade
Na jogabilidade esse remake brilha, na exploração o controle responde bem, itens e magias podem ser acessados e usados por atalho apertando X, o botão opitions leva ao menu onde é possível ver status, nível, equipar armas, acessórios e as matérias que voltaram da mesma forma que eram antigamente, se pode equipá-las em armas e acessórios, e elas são responsáveis pelas magias e efeitos do jogo, incluindo as invocações, que agora podem ser equipada uma por personagem, elas carregam durante a batalha, e quando usadas ficam no campo como um personagem extra ate seu tempo acabar.
O sistema de batalha é um dos melhores que joguei em um jRPG, jogos por turno podem não agradar muitos, e nos dias atuais estão muito datado e de nicho, a Square sabendo disso colocou nesse final fantasy um modo mais parecido com Devil May Cry, Kingdon Hearts, God of War, etc, onde você bate, defende, esquiva e controla o personagem livremente, como um bom hack´n slash, mas a brilhante sacada do sistema esta no ATB (active time battle) que enche barras conforme você anda ou ataca, e quando usado quase pausa a ação para você poder selecionar magias, itens, limites, invocações ou ataques especiais, voltando a velocidade normal assim que a escolha é definida, e o brilho não termina ai, imaginem como seria controlar 3 personagens ao mesmo tempo em um jogo de ação? Não se controla, poder ate pode, apertando o controle digital se alterna entre os personagens, mas com R2 e L2 você pode usar essa mesma ATB e selecionar o que outros personagens farão, sem ter de trocar, o incrível é que não senti dificuldade de aprender esses comandos, e é extremamente fluido e agradável de usar.
Voltando pra aventura, é nas explorações o calcanhar de Aquiles desse remake, enquanto os gráficos, musicas, história e batalhas foram recriados com esplendor, a exploração se manteve muito similar ao original, na verdade eu considero pior, pois no original tem itens pelo cenário, em tambores ou armários, na cena inicial tem uma poção no corpo do soldado, que não tem nesse novo jogo, aqui só tem os baús comuns e caixas Shinra que podem ser cortadas com um ataque, que tornam o jogo repetitivo demais, o excesso de corredores e linearidade também incomoda, o original era mais direto ao ponto, pra fazer o remake render os cenários foram expandidos e alguns estão grandes demais, pelo menos a exploração é gratificante, sempre se encontra itens vasculhando bem os cenários.
Outra coisa que me incomodou um pouco, desde a demo, foi câmera em batalha, não são poucos os momentos que se esta pressionado num canto e a câmera fica toda descalibrada, na verdade se tem de fazer correções o tempo todo, tanto que é ruim travar a mira em inimigos pois se perde o controle da câmera.
Som
Aqui é outra parte que o remake se destaca, todas as músicas clássicas estão aqui em novos arranjos, como as batalhas são diretas devido aos inimigos já estarem no cenário, as transições das musicas são muito bem feitas, os chefões sempre tem uma apresentação, e assim que ele aparece já começa o tema deles, ao terminar se volta direto pra ação, então o tema de vitoria iria ficar de fora em nome do dinamismo, não fosse a brilhante ideia da Square colocar o Barret pra comemorar cantarolando o tema algumas vezes, no coliseu também se toca o tema ao fim de cada desafio, as vozes também foram muito bem feitos, lembrando que o jogo é todo dublado, e de forma magnífica, não senti em nenhum momento estranheza nas interpretações dos principais, dos secundários esta boa nada que desmereça o trabalho.
Final Fantasy 7: Pelo que joguei, impossível terem gasto mais de 5 anos pra entregar essa parte, apesar do capricho é certeza que boa parte do que falta esta pronto, entendo que o custo é alto pelo que foi entregue e o potencial do que esta por vir é muito grande, mas temos problemas a enfrentar também, mas nada é suficiente pra tirar o brilho desse jogo, então joguem o game pois vale muito a pena, se é fã é obrigatório, se não conhece pode ir sem medo, que encontrará um excelente jogo, um dos melhores jRPGs, mas já se prepare pra sofrer, como eu, esperando as próximas partes! – Leo Senin
Jogado no Playstation 4 Pro
Duração: 35h
Campanha completa na dificuldade normal
Jogo adquirido por mim
PS: Essa é uma opinião mais pesada sobre minha experiência com o jogo, apesar de sempre deixar claro nas análises que não existe opinião imparcial, e na duvida jogue, eu mesmo fujo de influencias, leia essa parte se gosta da opinião dos outros e de preferência se já tiver terminado!
É muito difícil analisar esse remake, uma pela carga emocional que tenho com o original e dois pelo respeito que tiveram com o que foi entregue, mas eu não vou conseguir passar pano e amenizar a nota para um jogo incompleto, joguei o jogo inteiro com uma desagradável sensação de será que é agora que acaba, e quando realmente acabou não foi bom, bateu a sensação de jogo incompleto, só isso por 5 anos de espera, não é possível, e ao mesmo tempo um misto de satisfação em ter visto o capricho de como tudo foi bem feito, no caso do Resident Evil 3 não achei muito fundamento nas criticas sobre o seu tamanho, entre 5h a 6h de gameplay, sendo que o original tem umas 2:30 a 3h (aceito se comparar valor x tamanho), mas aqui a reclamação é extremamente valida, e o curioso é que não tenho visto o pessoal reclamar, pelo menos Resident 3 remake entregou um jogo completo, eu não aceitei desde o inicio que esse remake seria dividido e fica pior agora em ver o quão pequeno é, remake bom é completo e se baseando ao máximo no material original, esse FF7 só fica com a parte baseando e seguindo quase a risca o original, mas ter somente 10% do jogo original e o resto por vir, e o pior sem informações, quantas parte? Quais gerações? Saves serão compatíveis?
Outros jogos atuais como Witcher 3 tem mais de 100 horas de gameplay, FF7 remake eu terminei em 35 horas, ai podem vir e falar que não se deve comparar com witcher, posso comparar com Skyrim então, ou Zelda breath of wild? Não, então vamos comparar com o original, no qual enfrentei ate os Weapons monsters do jogo e tenho meu save ate hoje com 69 horas, quer me cobrar o preço cheio então me entregue um jogo completo!
Muitas duvidas que atrapalharam minha experiência com o jogo desde o inicio, minha vontade agora era de dar uma nota alta e acabou, ou não dar nota nenhuma e esperar pela obra completa, o que pelo visto vai demorar, ou ate dar 2 notas, uma pelo ponto de vista de um jogo novo (como se não tivesse jogando o original) e outra como fã, mas qualquer forma seria estranha e injusta e me sinto obrigado a dar uma nota, 100 é impossível pelos problemas técnicos que o próprio jogo tem, somados ao problemas causados pelo fracionamento do jogo, tudo isso foi pesado e medido.