Descubra as principais divergências e adaptações que os Titans enfrentam ao migrar para a CW, explorando como a série se ajusta a uma nova plataforma e público.
Para quem acompanha um pouco do universo da DC já deve ter ouvido falar mesmo que superficialmente dos Titans, um grupo de adolescentes e adultos treinados para entender seus poderes e ajudar a população. Além da HQ, já foram produzidos outros materiais sobre os Titãs como o desenho animado voltado a linguagem mais série e também outro voltado para as crianças.
Porém quem conhece as outras versões pode ter percebido algumas diferenças entre as diversas adaptações. A Netflix é conhecida por ‘não dar ponto sem nó’ e ao trazer o streaming da série produzida pela Weed Road Pictures, Berlanti Productions, DC Entreteniment e a Warner Bros, nos apresenta um entretenimento mais interno onde cada personagem vive um conflito, que muitas vezes podem ser associados a vida pessoal.
Nessas primeiras temporadas podemos acompanhar cada personagem com uma personalidade bem marcante e que por mais diferentes que possam ser, acabam encontrando um ponto de equilíbrio. Essa foi a forma que encontraram para gerar reconhecimento do público para o temperamento de algum personagem e assim refletir sobre suas decisões enquanto está sentado acompanhando cada episódio, o que é muito positivo já que assim a série não se torna apenas mais uma versão da mesma coisa.
O primeiro Robin que nos é apresentado, Dick Grayson tem características agressivas e após ter brigado com o Batman acaba se tornando um justiceiro solitário nas noites de Nova Yorque, porém o que nos é apresentado de diferente é que nos HQs mesmo com toda a questão de encontrar uma identidade, ele nunca perde o senso de humor e está sempre disposto a ajudar os outros, na adaptação da Netflix nos apresenta um Dick com uma áurea mais sombria, cheio de questões mal resolvidas com o passado, fazendo que mesmo que tenha um temperamento acolhedor, prefira estar só.
Outra discrepância que se é mais notória é a inclusão de Rachel (Ravena) na história. Nos HQs ela foi criada em Azarath e tem pleno controle de todos os seus poderes. Já a Netflix traz uma adolescente que está em processo de descoberta e não sabe diferir o certo do errado e tem medo de machucar as pessoas que estão ao seu entorno, isso traz algum pensamento para vocês? Isso mesmo, a personagem é exposta dessa forma para trazer uma assemelhação com o público que consegue se enxergar nela.
Estelar é a personagem menos fiel às HQs entre os protagonistas da série. Alguns elementos essenciais de sua história são mantidos, mas grande parte é modificada. A heroína é introduzida como Kory Anders, que descobre seus poderes após acordar de um coma resultante de um acidente de carro. Eventualmente, ela descobre que é uma alienígena do planeta Tamaran, que foi enviada à terra para matar Ravena e prevenir a ressurreição de Trigon. Nas HQs, a história de origem de Estelar não é ligada à de Ravena. Além disso, ela não usa seus poderes para queimar humanos vivos, como sua contra parte da série.
Os últimos porém não menos importantes são Rapina e Columba, que nos são apresentados como dois vigilantes mascarados que compartilham um passado com Robin. Os personagens não têm super-poderes, que difere muito das versões da dupla nas HQs. Nos quadrinhos, Columba conta com um “senso de perigo” (semelhante ao sentido aranha de Peter Parker), e Rapina tem super-força e resistência. Além disso, Columba pode usar seus poderes para suprimir a natureza violenta e a raiva de Rapina, o que convenhamos acontece em grande parte da série porém por outros motivos.
A segunda temporada que estreou agora em Janeiro de 2020 nos trouxe mais personagens e muito mais ação e com isso percebemos que a série é uma promessa para diversas outras temporadas.